CRITICA BRASIL - TELEVISAO: LITERATURA EM FOCO
Manaus,
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Dorothea Nürnberg
Cantares da Terra
Data de Exibição: 11-12-2006
A escritora austríaca Dorothea Nürnberg. Apaixonada pela Amazônia, elegeu como um de seus temas o universo mágico regional. Esse encantamento pelo mundo amazônico está presente no romance “Tochter Der Sonne” (Filha do Sol) e no livro de poesia “... Heimgekehrt Unter Das Kreuz Dez Südens” (De volta ao Lar Debaixo do Cruzeiro do Sul), traduzido para o português como “Cantares da Terra”
A autora é uma das mais destacada escritora austríaca da atualidade. Estudou filosofia e literatura alemã na Universidade de Graz, Completando sua preparação na Sorbone. Sua vida literária teve como marco inicial o livro Penélope, publicado em 1998. O romance Auf Dem Veng Nach Éden, em 2000, valeu à autora o reconhecimento da crítica e dos leitores. Outra margem de sua produção é a fotografia, experiência que resultou em diversos trabalhos e exposições.
A outra proferiu várias palestras em Manaus, mostrando a evolução da literatura austríaca contemporânea, destacando os aspectos históricos, os autores mais significativos e os temas que tem dominado a atenção dos escritores da Áustria na atualidade. Enfocou igualmente a crise do pensamento europeu e a problemática dos valores numa sociedade marcada pela supressão da espiritualidade e seus reflexos na vida social e na produção intelectual, especialmente na literatura.
A leitura de sua obra não é só uma experiência de fruição estética, é uma viagem através do universo líquido e verde da Amazônia, em que se desatacam a paisagem natural, o homem e sua relação com o meio - seus mitos e sonhos. A autora soube, por meio das malhas de seus versos, captar a magia que pulsa nos elementos que compõem esse mundo encantado. Sua legação com a Amazônia não se esgota no plano da contemplação, amplia-se e se traduz na preocupação que manifesta com as agressões que as culturas autóctones e o meio natural têm sofrido.
“Cantares da Terra” é um livro que se compõe como uma reflexão sobre o sentido da vida e sobre a perda do sagrado. Nascido num mundo endurecido pelo materialismo, Dorothea Nürnberg encontrou na Amazônia a presença do simbólico e do mágico – banidos no velho mundo.
O Programa Literatura em Foco dessa semana irá ao ar dia 19 de dezembro de 2006, às 21:45, com alternativo na quarta-feira.
Você é nosso convidado.
Abrahim Baze.
Manaus – História e Arquitetura 1852/1910
Poesia e Poetas do Amazonas
PORTAL AMAZONIA GLOBO
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Escritora Dorothea Nürnberg faz palestra A Literatura Austríaca Contemporânea em Manaus
07 de novembro de 2006.
MANAUS - Oportunizar o acesso dos leitores brasileiros à poesia vividamente humana da escritora austríaca Dorothea Nürnberg – mulher apaixonada pela Amazônia e por todo universo regional. Com essa finalidade, a Editora Valer faz sua primeira incursão no campo da tradução, com o lançamento da obra “Cantares da Terra” (...Heimgekehrt unter das kreuz des südens), como parte da programação da “Quarta Literária deste mês, que acontece amanhã (08), às 18h30, no Espaço Cultural da Livraria Valer (rua Ramos Ferreira, 1195, Centro). Durante o evento, a autora fará a palestra “A Literatura Austríaca Contemporânea”.
Apaixonada pela Amazônia, Dorothea Nürnberg elegeu como um de seus temas o universo mágico regional. Esse encantamento pelo mundo amazônico está presente no romance “Tochter der Sonne” (Filha do Sol) e no livro de poesia “...Heimgekehrt unter das kreuz dês südens”, traduzido para o português como “Cantares da Terra – ...De volta ao lar debaixo do Cruzeiro do Sul” (Editora Valer, 128 páginas, R$ 30) .
“Cantares da terra” é um livro que se compõem como uma reflexão sobre o sentido da vida e sobre a perda do sagrado. Nascida num mundo endurecido pelo materialismo, Dorothea Nürnberg encontrou na Amazônia a presença do simbólico e do mágico — banidos no velho mundo. Soube perceber o elemento cósmico presente na harmonia que envolve os seres e as coisas nesse espaço feito de terra, água e floresta. Essa energia vital habita o coração dessa poetisa que, nascida em outro chão, fez-se filha da terra das ikamiabas, irmã das estrelas, dos rios, das matas, dos pássaros e dos homens. E também dos seres encantados, das “nuvens que passam / prenhes de sonhos”.
Literatura austríaca
Uma das mais destacadas escritoras austríacas da atualidade, ela estudou filosofia e literatura alemã na Universidade de Graz, complementando sua preparação na Sorbonne. Sua vida literária teve como marco inicial o livro Penélope, publicado em 1998. Os romances Auf dem Weg nach Éden, de 2000, Tochter der Sonne (Filha do Sol), de 2004, valeram à autora o reconhecimento da crítica e dos leitores. Outra margem de sua produção é a fotografia, experiência que resultou em diversos trabalhos e exposições.
Dorothea Nürnberg abordará, na palestra de amanhã, a presença da literatura austríaca contemporânea, destacando os aspectos históricos, os autores mais significativos e os temas que têm dominado a atenção dos escritores da Áustria na atualidade. Enfocará igualmente a crise do pensamento europeu e a problemática dos valores numa sociedade marcada pela supressão da espiritualidade e seus reflexos na vida social e na produção intelectual, especialmente na literatura.
AMAZONIA EM TEMPO, 7.11. 2006
Uma viagem ao universo verde
Tradução de obras universais. Oportunizar o acesso dos leitores brasileiros à poesia vividamente humana da escritora austríaca Dorothea Nürnberg – mulher apaixonada pela Amazônia e por todo universo regional. Com essa finalidade, a Editora Valer faz sua primeira incursão no campo da tradução, com o lançamento da obra “Cantares da Terra” (...Heimgekehrt unter das kreuz des südens), como parte da programação da “Quarta Literária deste mês, que acontece amanhã (08), às 18h30, no Espaço Cultural da Livraria Valer (rua Ramos Ferreira, 1195, Centro). Durante o evento, a autora fará a palestra “A Literatura Austríaca Contemporânea”.
Apaixonada pela Amazônia, Dorothea Nürnberg elegeu como um de seus temas o universo mágico regional. Esse encantamento pelo mundo amazônico está presente no romance “Tochter der Sonne” (Filha do Sol) e no livro de poesia “...Heimgekehrt unter das kreuz dês südens”, traduzido para o português como “Cantares da Terra – ...De volta ao lar debaixo do Cruzeiro do Sul” (Editora Valer, 128 páginas, R$ 30) . Esta obra, lançada na Áustria em 2002, trata-se de um livro de viagem e poesia, marcada pela sensibilidade e fascínio da escritora pelo universo amazônico, como se depreende da leitura do poema “Amazônia”: “tesouro dos genes da terra / jóia da coroa da criação / paraíso das espécies”.
A leitura deste livro não é só uma experiência de fruição estética, é uma viagem através do universo líquido e verde da Amazônia, em que se destacam a paisagem natural, o homem e sua relação com o meio — seus mitos e sonhos. A poetisa soube, por meio das malhas de seus versos, captar a magia que pulsa nos elementos que compõem esse mundo encantado: “rio / grande mãe / alma do cosmo / água e sol / e céu e floresta / irmãos dos homens / a terra / a água / irmãos do sol / os animais / a floresta”.
Sua ligação com a Amazônia não se esgota no plano da contemplação, amplia-se e se traduz na preocupação que manifesta com as agressões que as culturas autóctones e o meio natural têm sofrido, resultando na contaminação das águas, dos bichos e do próprio ser humano. O poema “Vazamento” é expressivo dessa consciência e compromisso com a vida. “escamas cor de mercúrio / peixes / boiando à deriva / pesados de mercúrio / tal pensamentos mortos / doentes / a água / o rio / a terra / sonhos cor de mercúrio / tão pesados / quanto balas de fuzil”.
“Cantares da terra” é um livro que se compõem como uma reflexão sobre o sentido da vida e sobre a perda do sagrado. Nascida num mundo endurecido pelo materialismo, Dorothea Nürnberg encontrou na Amazônia a presença do simbólico e do mágico — banidos no velho mundo. Soube perceber o elemento cósmico presente na harmonia que envolve os seres e as coisas nesse espaço feito de terra, água e floresta. Essa energia vital habita o coração dessa poetisa que, nascida em outro chão, fez-se filha da terra das ikamiabas, irmã das estrelas, dos rios, das matas, dos pássaros e dos homens. E também dos seres encantados, das “nuvens que passam / prenhes de sonhos”.
Literatura austríaca
Uma das mais destacadas escritoras austríacas da atualidade, ela estudou filosofia e literatura alemã e francés na Universidade de Graz, complementando sua preparação na Sorbonne. Sua vida literária teve como marco inicial o livro Penélope, publicado em 1998. Os romances Auf dem Weg nach Éden, de 2000, Tochter der Sonne (Filha do Sol), de 2004, valeram à autora o reconhecimento da crítica e dos leitores. Outra margem de sua produção é a fotografia, experiência que resultou em diversos trabalhos e exposições.
Dorothea Nürnberg abordará, na palestra de amanhã, a presença da literatura austríaca contemporânea, destacando os aspectos históricos, os autores mais significativos e os temas que têm dominado a atenção dos escritores da Áustria na atualidade. Enfocará igualmente a crise do pensamento europeu e a problemática dos valores numa sociedade marcada pela supressão da espiritualidade e seus reflexos na vida social e na produção intelectual, especialmente na literatura.
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CAMARA AMAZONENSE DO LIVRO
Livro: Cantares da Terra
Autor: Dorothea Nürnberg
Este livro é também uma reflexão sobre o sentido da vida e sobre a perda do sagrado. Nascida num mundo endurecido pelo materialismo, Dorothea Nürnberg encontrou na Amazônia a presença do simbólico e do mágico – banidos no velho mundo. Soube perceber o elemento cósmico presente na harmonia que envolve os seres e as coisas nesse espaço feito de terra, água e floresta, em que tudo converge para a vida, o sonho e o transcendente, e tudo é habitado pela força do imaterial – as plantas, os bichos e as águas: “a árvore / como no sonho / acorda / devagarzinho / e pega suas raízes / e se segura pelo tronco / enraizada e ereta / e se estica para o alto / e está presa ao solo / e se espicha / até as nuvens / e colhe a lua para si”. Essa energia vital habita o coração dessa poetisa que, nascida em outro chão, fez-se filha da terra das ikamiabas, irmã das estrelas, dos rios, das matas, dos pássaros e dos homens. E também dos seres encantados, das “nuvens que passam / prenhes de sonhos”. Fruto de sua paixão pelo Brasil, Dorothea Nürnberg, escreveu diversas obras sobre o País. Sua ligação com a Amazônia não se esgota no plano da contemplação, amplia-se e se traduz na preocupação que manifesta com as agressões que as culturas autóctones e o meio natural têm sofrido, resultando na contaminação das águas, dos bichos e do próprio ser humano. O poema “Vazamento” é expressivo dessa consciência e compromisso com a vida: “escamas cor de mercúrio / peixes / boiando à deriva / pesados de mercúrio / tal pensamentos mortos / doentes / a água / o rio / a terra / sonhos cor de mercúrio / tão pesados / quanto balas de fuzil”.
Editora: Valer
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2006 NOTICIA
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Escritora Dorothea Nürnberg faz palestra A Literatura Austríaca Contemporânea em Manaus
Notícia Postada em 07/11/2006
MANAUS - Oportunizar o acesso dos leitores brasileiros à poesia vividamente humana da escritora austríaca Dorothea Nürnberg – mulher apaixonada pela Amazônia e por todo universo regional. Com essa finalidade, a Editora Valer faz sua primeira incursão no campo da tradução, com o lançamento da obra “Cantares da Terra” (...Heimgekehrt unter das kreuz des südens), como parte da programação da “Quarta Literária deste mês, que acontece amanhã (08), às 18h30, no Espaço Cultural da Livraria Valer (rua Ramos Ferreira, 1195, Centro). Durante o evento, a autora fará a palestra “A Literatura Austríaca Contemporânea”.
Apaixonada pela Amazônia, Dorothea Nürnberg elegeu como um de seus temas o universo mágico regional. Esse encantamento pelo mundo amazônico está presente no romance “Tochter der Sonne” (Filha do Sol) e no livro de poesia “...Heimgekehrt unter das kreuz dês südens”, traduzido para o português como “Cantares da Terra – ...De volta ao lar debaixo do Cruzeiro do Sul” (Editora Valer, 128 páginas, R$ 30) .
“Cantares da terra” é um livro que se compõem como uma reflexão sobre o sentido da vida e sobre a perda do sagrado. Nascida num mundo endurecido pelo materialismo, Dorothea Nürnberg encontrou na Amazônia a presença do simbólico e do mágico — banidos no velho mundo. Soube perceber o elemento cósmico presente na harmonia que envolve os seres e as coisas nesse espaço feito de terra, água e floresta. Essa energia vital habita o coração dessa poetisa que, nascida em outro chão, fez-se filha da terra das ikamiabas, irmã das estrelas, dos rios, das matas, dos pássaros e dos homens. E também dos seres encantados, das “nuvens que passam / prenhes de sonhos”.
Literatura austríaca
Uma das mais destacadas escritoras austríacas da atualidade, ela estudou filosofia e literatura alemã na Universidade de Graz, complementando sua preparação na Sorbonne. Sua vida literária teve como marco inicial o livro Penélope, publicado em 1998. Os romances Auf dem Weg nach Éden, de 2000, Tochter der Sonne (Filha do Sol), de 2004, valeram à autora o reconhecimento da crítica e dos leitores. Outra margem de sua produção é a fotografia, experiência que resultou em diversos trabalhos e exposições.
Dorothea Nürnberg abordará, na palestra de amanhã, a presença da literatura austríaca contemporânea, destacando os aspectos históricos, os autores mais significativos e os temas que têm dominado a atenção dos escritores da Áustria na atualidade. Enfocará igualmente a crise do pensamento europeu e a problemática dos valores numa sociedade marcada pela supressão da espiritualidade e seus reflexos na vida social e na produção intelectual, especialmente na literatura.
Fonte: Portal amazonia
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Tenório Telles é escritor, professor de literatura brasileira e membro da Academia Amazonense de Letras.
Poesia – vida e magia
Como um rio, a vida segue seu curso percorrendo a acidentada geografia do tempo. Compondo sua paisagem de cores, formas e motivos. Fruto desse viver e dessa construção permanente, a memória é tecida com os fiapos de nossas dores e sonhos, de nossas perdas e esperanças. Diante da inconstância de nosso estar-no-mundo e do sofrimento que marca a existência, resta-nos o consolo do sagrado e da beleza. O poeta mexicano Octavio Paz expressou com rara sensibilidade esse paradoxo: “A poesia é uma forma de dizer não a esses poderes que não contentes em dominar nossos corpos, querem dominar nossas mentes”.
A escritora austríaca Dorothea Nürnberg faz parte dessa linhagem de artistas comprometidos com a vida, com o mágico e com a utopia. Intelectual com sólida formação acadêmica e humanística, estudou filologia e literatura alemã e francés na Universidade de Graz, complementando sua preparação na Sorbonne. Sua vida literária teve como marco inicial o livro Penelope, publicado em 1998. Os romances Auf dem Weg nach Éden, de 2000, Tochter der Sonne (Filha do sol), de 2004, valeram à autora o reconhecimento da crítica e dos leitores. Outra margem de sua produção é a fotografia, experiência que resultou em diversos trabalhos e exposições.
Fruto de sua paixão pelo Brasil, escreveu diversas obras sobre o País, destacando-se ...De volta ao lar debaixo do Cruzeiro do Sul – impressões sobre a floresta amazônica, lançado em 2002. Trata-se de um livro de viagem e poesia marcado pela sensibilidade e fascínio da escritora pelo universo amazônico, como se depreende da leitura do poema “Amazônia”: “tesouro dos genes da terra / jóia da coroa da criação / paraíso das espécies”. A versão para o português recebeu o título de Cantares da terra – ...De volta ao lar debaixo do Cruzeiro do Sul.
A leitura deste livro não é só uma experiência de fruição estética, é uma viagem através do universo líquido e verde da Amazônia, em que se destacam a paisagem natural, o homem e sua relação com o meio – seus mitos e sonhos. A poetisa soube, através das malhas de seus versos, captar a magia que pulsa nos elementos que compõem esse mundo encantado: “rio / grande mãe / alma do cosmo / água e sol / e céu e floresta / irmãos dos homens / a terra / a água / irmãos do sol / os animais / a floresta”.
Escritora ciosa de sua arte, sua poesia é tecida com rigor e delicadeza. Seus textos são vertidos numa linguagem bem elaborada, eivada de subjetividade e intenso conteúdo humano. Sobressai em seus poemas a beleza e transparência das cenas, a riqueza imagética que perpassa-lhe os versos: “na esteira do sol / ondas cor-de-rosa / na floresta cingida pela água / entre copas negras / o dia / se consome / em vermelho-guaraná”. Os cenários são retratados com cores, formas e nuanças amazônicas. Seu olhar não é exterior, mas de alguém que se identifica e sente parte desse mundo aquoso.
Sua ligação com a Amazônia não se esgota no plano da contemplação, amplia-se e se traduz na preocupação que manifesta com as agressões que as culturas autóctones e o meio natural têm sofrido, resultando na contaminação das águas, dos bichos e do próprio ser humano. O poema “Vazamento” é expressivo dessa consciência e compromisso com a vida: “escamas cor de mercúrio / peixes / boiando à deriva / pesados de mercúrio / tal pensamentos mortos / doentes / a água / o rio / a terra / sonhos cor de mercúrio / tão pesados / quanto balas de fuzil”.
Este livro é também uma reflexão sobre o sentido da vida e sobre a perda do sagrado. Nascida num mundo endurecido pelo materialismo, Dorothea Nürnberg encontrou na Amazônia a presença do simbólico e do mágico – banidos no velho mundo. Soube perceber o elemento cósmico presente na harmonia que envolve os seres e as coisas nesse espaço feito de terra, água e floresta, em que tudo converge para a vida, o sonho e o transcendente, e tudo é habitado pela força do imaterial – as plantas, os bichos e as águas: “a árvore / como no sonho / acorda / devagarzinho / e pega suas raízes / e se segura pelo tronco / enraizada e ereta / e se estica para o alto / e está presa ao solo / e se espicha / até as nuvens / e colhe a lua para si”. Essa energia vital habita o coração dessa poetisa que, nascida em outro chão, fez-se filha da terra das ikamiabas, irmã das estrelas, dos rios, das matas, dos pássaros e dos homens. E também dos seres encantados, das “nuvens que passam / prenhes de sonhos”.
http://www.ligjornal.com.br/1590/caderno.htm
LIG JORNAL; RIO DE JANEIRO: 29.9.2007
Lou Pacheco
No Campo de São Bento,
CANTARES DA TERRA EM TARDE PRIMAVERIL
O varandão do Centro Cultural Paschoal Carlos Magno, voltado para o interior do Campo de São Bento – a essa altura primaverilmente florido –, foi cenário para o lançamento do livro Cantares da terra, de Dorothea Nürenberg. Austríaca de nascimento, ela tem profunda ligação com o Brasil, especialmente com a região amazônica.
Ausente por compromissos na Índia, foi representada pela tradutora de sua obra, do alemão para o português, pela amiga Érika Maria Heiss Lopes. Igualmente de múltiplos talentos, Érika mobilizou a sociedade niteroiense, à qual se integra como empresária, além de esportista com prêmio mundial de natação. A gastronomia é outro de seus fazeres, herdeira do pai internacionalmente famoso no setor.
Com público eminentemente feminino pelo horário vespertino, contudo, atraiu figuras representativas do meio acadêmico. Por exemplo, o presidente da Academia Fluminense de Letras, Edmo Lutterbach, Carlos Mônaco e Walmir Ventura Rego.
No time que organizou o evento estavam estrelas que bem marcam a boa vizinhança do Jardim Paris: Elaine Pontes, Melba Ravizini, Tuia Yamagata, Letícia Teppedino, Terezinha Zauli, Thelma Hasselman. O encontro se estendeu com um serão lítero-musical, recheado de quitutes made Érika, confirmando também sua notoriedade no âmbito gastronômico.
O “verde” Fernando Guida se fez representar pela assessora Namara Guruy, filha de um pajé de uma tribo da Amazônia. Ela, viva ilustração da atmosfera do livro, construído “com uma linguagem repleta de sons e cores”, no dizer do prefácio de Higino Tenório e Feliciano Lana, da região do Alto Rio Negro.
De amostra, o poema Espírito da terra, bem moderno, com todos os versos iniciados em minúsculas e sem qualquer pontuação, como se a Natureza estivesse dinamicamente em processo:
nuvens baixas que ao passar
despencam
sobre a floresta encharcada
redes faiscantes
na rubra aurora
vibrante de alvoroço da passarada
Erica Hees Lopes , autora cercada de Terezinha Zauli, Salia Vera, Marieta Grand e Tuia Yamagata. No próximo 19 Marieta estará autografando Palavra Vestida, seu novo livro
O professoe Clio Pereira da Silva
animou a segunda parte, um sarau lítero-musical
Vera Werneck e Elaine Pontes na tarde
de autógrafos de Erica Heis Lopes
Ensino fundamental (básico) - Geografia - 41 pontos
https://brainly.com.br/tarefa/8409790
Leia, analise a poesia da escritora austríaca Dorothea Nürnberg, uma admiradora da Amazônia, e responda:Viagem Amazônicano ritmo no sol da chuva das nuvens dependuradas que ameaçam despencar do baixo céu pendente para dentro dos troncos refletidos...para a amazônia terra do índio com rios no pulsar da sucuri e da floresta vigiada pelo espirito da onça "amazônia terra grande o branco chora o índio amazônia queima"
a) Que elementos naturais da paisagem amazônia são citados pela autora?
b) Que problema causado pela sociedade é salientado na poesia?
c) Retire do poema metáforas que a autora utilizou para descrever as paisagens da floresta amazônica?
d) Pesquise e responda: De que maneira a Amazônia, com suas características singulares, se relaciona com outros lugares do Brasil e do mundo?
e) Elabore um poema que descreva o lugar onde você vive. Procure trabalhar, no seu poema, características da paisagem e do lugar sem perder de vista que o resultado da sua produção deve apresentar elementos que configurem o gênero literário sugerido aqui- isto é , poesia.
por JULIANEdeis, 05.03.2017